O PAÍS DA COPA - Blog do CaraECULTURANEGRA

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3 de junho de 2010

O PAÍS DA COPA

AFRICA DO SUL
O País da COPA


Patrimônio Mundial na África do Sul

Sabia que o Parque Nacional de Table Mountain tem mais espécies de plantas do que as Ilhas Britânicas? Ou que o Drakensberg tem a cordilheira de montanhas mais alta de África a sul do Kilimanjaro e a maior concentração de arte rupestre de todo o continente?

A África do Sul tem oito locais classificados pela UNESCO como Patrimônio Mundial.
O Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO procura identificar, proteger e preservar a herança cultural e natural em todo o mundo considerada como “de extraordinário valor para a humanidade.”

Do ponto de vista internacional, existem 851 locais classificados como Patrimônio Mundial, em 141 países (a partir de Abril de 2008). A África do Sul tem um total de oito – quatro de caráter cultural, três de caráter natural e um misto (cultural e natureza).

     Parque iSimangaliso Wetland
     Ilha Robben
     Berço da Humanidade
     Parque UKhahlamba Drakensberg
     Mapungubwe Cultural Landscape
     Região Floral do Cabo
     Vredefort Dome
     Paisagem cultural e botânica de Richtersveld




    TABLE MOUNTAIN




ILHA ROBBEN
Inscrita em 1999

A ilha Robben, onde Nelson Mandela – o primeiro presidente da África do Sul eleito por sufrágio universal em 1994 – e seus companheiros estiveram encarcerados durante mais de duas décadas, foi inscrita pela UNESCO na lista dos lugares que são considerados Património da Humanidade em 1999.

Localizada à entrada da baía da Mesa, a 11 km da Cidade do Cabo, esta ilha, com 5,4 km de comprimento e 2,5 km de largura máxima, foi “descoberta” por Bartolomeu Dias em 1488 e, durante muitos anos, foi utilizada por navegadores portugueses, ingleses e holandeses como posto de reabastecimento. O seu nome atual significa “ilha das focas”, em neerlandês.
Além de ser um museu que retrata uma parte da história da África do Sul, principalmente no que refere à luta contra o apartheid, a Ilha Robben é igualmente um santuário natural para muitas espécies, tanto marinhas, como terrestres.



    Ilha ROBBEN


Berço da Humanidade
Ano de registro: 1999, 2005
Localização : Gauteng e províncias do Noroeste, 25º 55' 45" S 27º 47' 20" E
Tipo: Patrimônio cultural

Conhecida na África do Sul como O Berço da Humanidade, a região de Sterkfontein, Swartkrans, Kromdraai e imediações tem uma das concentrações mais importantes de fósseis hominídeos, prova da evolução humana nos últimos 3,5 milhões de anos.

Descobertos nas províncias de Gauteng e Noroeste, os sítios dos fósseis cobrem uma área de 47.000 hectares. Os vestígios de formas de animais, plantas e hominídeos – antepassados da espécie humana e seus parentes – estão num depósito de dolomita com mais de 2,5 biliões de anos. Embora outros sítios mais a sul e a leste do continente africanos tenham idênticas ruínas e vestígios, o Berço apresentou mais de 950 espécimes de fósseis de hominídeos.

Os sítios nesta zona fornecem informação crucial sobre os membros de um dos mais antigos hominídeos – o australopitecino – primatas bípedes, de cérebro de pequenas dimensões que viveram há cerca de 5 milhões de anos.

As escavações e investigações nas Cavernas de Sterkfontein produziram até agora quase que o esqueleto completo de um australopitecino com aproximadamente 3,3 milhões de anos e ainda cerca de 500 espécies de Australopithecus africanus que datam entre 2,8 e 2,6 milhões de anos.

Outras descobertas importantes nesta zona incluem o crâneo mais perfeito jamais encontrado de Australopithecus africanus, um formidável exemplo de uma Paranthropus mulher – um australopitecino mais robusto, também conhecido como Australopithecus robustus – e fósseis de uma espécie do género Homo com ferramentas em pedra, a primeira prova de comportamento cultural.

Ao conceder o estatuto de Berço da Humanidade pelo seu significado cultural, o Comité do Património Cultural salientou o fato de estes sítios “trazerem à luz do dia os antepassados mais longíquos da humanidade. Constituem uma reserva vastíssima de informação científica, cujo potencial é colossal.”





AFRICA DO SUL
Cratera de Vredefort
Inscrita em 2005
Tipo Patrimonio Natural


A cratera de Vredefort, com 300 km de diâmetro e mais de dois bilhões de anos, é considerada a maior e a mais antiga cratera de impacto já descoberta na Terra (em 2006 pesquisadores liderados por Ralph von Frese descobriram em Wilkes Land na antártida uma cratera com 480 km de diâmetro).

Localiza-se na Província do Estado Livre da África do Sul. A localidade de Vredefort situa-se dentro da cratera e dá nome à mesma.
Estima-se que o meteoro que causou a cratera tivesse entre 6 a 10 km de diâmetro e que este embateu na Terra há cerca de 2,1 bilhões de anos com uma intensidade 40.000 a 250.000 km/h.

É um testemunho do evento conhecido que mais energia libertou e que causou enormes mudanças globais, incluindo mudanças evolutivas. Apesar da importância para a história do planeta, actividades geológicas na superfície da Terra levaram ao desaparecimento de evidências da maioria das áreas de impacto. Vredefort é hoje o único exemplo que fornece todas as características deste tipo de formação na superfície do planeta.
Há talvez 2 bilhões de anos atrás um meteorito de 10 quilômetros de diâmetro atingiu a Terra a cerca de 100 km sudoeste de Johanesburgo, fazendo uma enorme cratera. Esta área, perto da cidade de Vredefort no Estado Livre (Free State) é conhecida como Cúpula de Vredefort.
O meteorito, maior do que a Table Mountain, provocou uma explosão de energia de mil megatoneladas. O impacto teria vaporizado cerca de 70 quilômetros cúbicos de rocha - e pode ter aumentado os índices de oxigênio na Terra a tal grau que tornou possível o desenvolvimento da vida multicelular.
Existem perto de 130 crateras de idêntico impacto no mundo. A Cúpula de Vredefort está entre as três principais, sendo o impacto meteórico mais antigo e maior no planeta.
A cratera original, hoje em dia já corroída, teve provavelmente entre 250 e 300 quilômetros de diâmetro. Era maior do que o impacto de Sudbury no Canadá, com perto de 200 km de diâmetro.
Com 2 bilhões de anos, Vredefort é muito mais antiga do que a de Chicxulub, no México, que, com 65 milhões de anos, foi o impacto que levou à extinção dos dinossauros.
O primeiríssimo impacto de Vredefort mede 380 km de ponta a ponta e consiste de três círculos concêntricos de sublevação de rocha. Foram criados pelo ressalto de rocha abaixo do sítio do impacto quando o solo foi atingido pelo asteróide. A maior parte destas estruturas, entretanto desapareceram por erosão e já não são claramente visíveis.

O círculo interior, com 180 km, continua a poder ver-se e é visível dos belíssimos montes perto de Parys e Vredefort. É esta área a que foi atribuído o título de Patrimônio Mundial.



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