Muito ainda precisa ser feito para se combater a desigualdade racial no Brasil, inclusive na área da educação. É o que mostram dados da pesquisa PNAD Contínua 2016, divulgada nesta quinta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
A PNAD ocorre em domicílios por todo o território nacional. No recorte por raça, o levantamento aponta que a taxa de analfabetismo entre pessoas negras e pardas é mais do que o dobro das brancas. Enquanto entre negros e pardos o índice fica em 9,9%, com os brancos alcança 4,2%. A taxa de analfabetismo no Brasil em 2016 ficou em 7,2% o que corresponde a 11,8 milhões de pessoas.
Entre os brasileiros com 60 anos de idade ou mais a taxa de analfabetismo atingiu 20,4%. Novamente, o recorte racial evidencia a desigualdade, com 11,7% para os idosos brancos e 30,7% para os idosos negros e pardos.
Na população com 25 anos ou mais o abismo volta a se manifestar no que diz respeito ao acesso às universidades. Enquanto entre brancos o percentual é de 22,2%, apenas 8,8% de negros e pardos tinham nível superior de acordo com a PNAD Contínua 2016.
No quesito tempo médio de estudo, novamente pardos e negros se encontram em desvantagem, com média de 7,1 anos, na comparação com brancos, que tiveram tempo de estudo aproximado de 9 anos.