“No combate entre um texto apaixonante e o seu
leitor: o romance ganha sempre por pontos, enquanto o conto deve ganhar
por nocaute” Julio Cortázar
ESCANGALHAR
Oficina da Palavra em Construção
Orientador: Plínio Camillo
INSCRIÇÕES ABERTAS
A Editora Kazuá tem
o prazer de apresentar:
ESCANGALHAR: Oficina
Palavra em Construção, orientada pelo escritor Plínio Camillo
As inscrições são gratuitas, estão
abertas até o dia 9 de agosto (09/08), e podem ser
realizadas preenchendo acessando o site da Editora
Kazuá (http://editorakazua.com.br/autores/plinio-camillo/inscricoes-abertas-oficina-de-contos-escangalhar-com-plinio-camillo/)
Ou através deste endereço eletrônico: comunicacao@editorakazua.com.br (enviando os seguintes dados: nome, idade, endereço, telefone para contato e
breve apresentação)
Início: 15.08
Terças e Quintas -
19:30 às 21:30hs -
Dez (10) encontros de duas horas
cada
Local: Espaço
Cultura Kazuá – Rua Ana Cintra, 26 – Campos Elíseos – São Paulo
Os
contos produzidos na Oficina serão publicados, ao final do processo, em um
livro editado pela Kazuá.
SOBRE O CURSO
Os participantes terão acesso às técnicas,
estruturas e textos clássicos do gênero conto e vão
realizar discussões e reflexões acerca dos elementos linguísticos que
colaborem com o desenvolvimento de uma linguagem mais eficiente na escrita
literária.
Na prática, os encontros serão divididos em três
momentos:
– Leitura e discussão de contos paradigmáticos;
– Produção de textos;
– Leitura e discussão dos textos produzidos
pelos participantes;
O foco dos encontros é ESCANGALHAR. “Nesta
Oficina, escangalhar será a prática de corroer, desamanhar e lascar as
palavras e seus significados. Demolir, desarranjar, desarrumar e desencaminhar
as orações. Pulverizar, subverter e transtornar as linhas literárias,
pensamentos e ponto de vista. Já com as histórias, iremos enevoar, enfear,
entravar, esbandalhar, fulminar, arrombar, desacomodar e perverter”,
ORIENTADOR :: PLÍNIO CAMILLO

Escritor e educador social
LIVROS
PUBLICADOS
Abigail
– coletânea de contos - participação com o
conto: Manual do futuro egresso – Editora Terracota
O
namorado do papai ronca –
romance infanto juvenil – Proac 2012 - Editora Prólogo - Selo Mundomundano - http://pliniocamillo.wordpress.com/
Assim
você me mata –
coletânea de contos – participação com o conto: Ne me quit pas – Editora
Terracota
Coração
Peludo - coletânea de contos
– Editora Kazuá - http://cervejaerua.wordpress.com/
Outras
Vozes - coletânea de contos
sobre o negro escravizado no Brasil – 11Editora - http://negrosoutrasvozes.wordpress.com/
DesContos de Fadas – Coletânea de
contos – Participação – Alink Editora
PRIMERAMENTE - Coletânea de contos – Participação
– Alink Editora
Mantem o blog: Bombons Sortidos - http://contosbombonsortidos.wordpress.com/
Contatos:
Telefone – 11 996279640
Endereços eletrônicos: pcamillo60@uol.com.br,
contos.oficina@uol.com.br
Contextos:
Narração, descrição e dissertação. Por
muito tempo, esses três tipos de texto reinaram absolutos nas propostas de
escrita. Consenso entre professores, essa maneira de ensinar a escrever foi uma
das principais responsáveis pela falta de proficiência entre nossos estudantes.
O trabalho baseado nas famosas composições e redações escolares tem uma
fragilidade essencial: ele não garante o conhecimento necessário para produzir
os textos que os alunos terão de escrever ao longo da vida. "Nessa
abordagem, ninguém considerava quem seriam os leitores. Não havia a reflexão
sobre a melhor estratégia para colocar uma ideia no papel
- Telma Ferraz Leal, da Universidade
Federal de Pernambuco.
Para aproximar a produção escrita
das necessidades enfrentadas no dia-a-dia, o caminho atual é enfocar o
desenvolvimento dos comportamentos leitores e escritores. Ou seja: levar o
participante a envolver-se de forma eficiente em atividades da vida social que
abrangem ler e escrever. Noticiar um fato num jornal, ensinar os passos para
fazer uma sobremesa ou argumentar para conseguir que um problema seja resolvido
por um órgão público: cada uma dessas ações envolve um tipo de texto com uma
finalidade, um suporte e um meio de veiculação específica. Conhecer esses
aspectos é condição mínima para decidir, enfim, o que escrever e de que forma
fazer isso. Fica evidente que não são apenas as questões gramaticais ou
notacionais (a ortografia, por exemplo) que ocupam o centro das atenções na
construção da escrita, mas a maneira de elaborar o discurso. Há outro ponto
fundamental nessa transformação das atividades de produção de texto: quem vai
ler. O objetivo é fazer com que um leitor ausente no momento da produção compreenda
o que se quis comunicar - e esse desafio requer diferentes aprendizagens. -
Thais Gurgel (novaescola@fvc.org.br)
Produzir textos é um processo que
envolve diferentes etapas: planejar, escrever, revisar e reescrever. Esses
comportamentos escritores são os conteúdos fundamentais da produção escrita. A
revisão não consiste em corrigir apenas erros ortográficos e gramaticais, como
se fazia antes, mas cuidar para que o texto cumpra sua finalidade comunicativa.
"Deve-se olhar para a produção dos estudantes e identificar o que provoca
estranhamento no leitor dentro dos usos sociais que ela terá-
Fernanda Coelho Liberali -
doutora e mestre em Lingüística Aplicada
pela PUC/SP
Resenhas dos
Livros do Autor:
O namorado do papai ronca –
Resenha de Maria Helena Martins
O autor harmoniza a linguagem internética (discurso
conciso, terminologia e recursos gráficos próprios, privilégio ao diálogo) com
a linguagem coloquial corrente. E, na integração desses aspectos constrói um
texto efetivamente literário, pois trabalha a palavra de modo a ir além de seu
uso comunicativo e cotidiano, buscando a expressividade, numa dimensão que
supera modismos. Assim, o que é eminentemente coloquial, sem aspectos que se
convencionou entender por literários, resulta, contudo, em texto
elaborado, pois que o autor impregna-o de densidade significativa, por meio de
figuras de linguagem como repetição/reiteração, enfatizando o aspecto emocional
de quem a usa e para quem se dirige no contexto da obra.
Mais do que a questão vocabular, o uso de
expressões coloquiais ou comuns na internet (cf. p.81, a mais marcante nesse
aspecto), chama a atenção o modo como Camillo desenvolve o diálogo-relato, vivo
e rápido mas suficientemente denso e sugestivo para se conhecer o…
Outras Vozes – Resenha de Cátia
Maringolo
(Professora,
Mestra em Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho e doutoranda em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela
Universidade Federal de Minas Gerais.)
As narrativas
tão amplamente disseminadas e recorrentemente mostradas em filmes, livros de
história e novelas açucaradas de final de tarde pintam um quadro da escravidão
no Brasil que perpassa pela narrativa de feitores benignos e a favor da
igualdade entre todos e todas, brancos ou negros, ou de negros e negras
escravizados conformados com a situação de opressão, humilhação e violência. A
história do negro entre nós aparece como uma narrativa homogênea e uníssona,
onde simplesmente é esquecida – ou apagada – a voz do próprio negro, daquele
que foi constantemente destituído de sua própria humanidade, a fim de garantir
a manutenção do sistema.
As Outras
Vozes, vozes destes tornados outros, alheios e inumanos, questionam os
discursos totalizantes e excludentes sobre a experiência real de negras e
negros escravizados: ao invés de corroborar a ideia de que o regime no Brasil
foi mais brando do que em outros países, ou mesmo de que a liberdade concedida
foi fruto da assinatura de uma lei, ou que a experiência servil foi a mesma
para todos os negros e negras, essas Outras Vozes possibilitam de forma
contundente a não aceitação da narrativa que constrói uma postura submissa das
vítimas perante a situação de opressão a que estavam condenadas. Ao contrário:
vê-se aqui sua participação ativa e permanente na busca por liberdade e por
novas formas de vida. E, para além das dualidades opressor versus oprimido,
conformismo versus ativismo, os contos presentes em Outras Vozes (11
Editora, 2015) criam um leque multicolorido de experiências.
E problematizam noções estanques sobre masculinidade, feminilidade, submissão,
opressão, exclusão, homossexualidade, heteronormatividade, violência de gênero
e racial. Se a luta pela liberdade não é esquecida e se realiza até mesmo pela
via da morte do opressor ou do suicídio de quem arrasta as correntes; também se
faz presente a corroboração do sistema, em que muitos libertos oprimem seus
irmãos de cor.
https://negrosoutrasvozes.wordpress.com/2016/09/05/outras-vozes-resenha-de-catia-maringolo/
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