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20 de maio de 2017

Pavilhão da Serpentine terá a assinatura de Diébédo Kéré

O arquiteto africano imprime à famosa mostra de arquitetura a força de suas raízes

Uma árvore usada como ponto de encontro e reuniões na vila natal do arquiteto serviu de inspiração ao pavilhão de 300 m²: a cobertura vazada de madeira apoia-se numa estrutura central de aço tal qual copa frondosa, filtrando a luz e liberando a circulação de ar. Nas paredes pintadas de azul, combinam-se blocos pré-fabricados, também de madeira. (Divulgação/Kéré Architecture)


Ele nasceu no vilarejo de Gando, em Burquina Faso, local com apenas 2 500 habitantes. Como primeiro filho do chefe da Comunidade, Diébédo Francis Kéré era das poucas crianças permitidas a estudar.


O aplicado garoto ganhou logo uma bolsa na Alemanha, onde formou-se e tem hoje seu escritório. Ainda estudante, criou uma fundação para conseguir construir uma escola em sua vila, trabalho que lhe rendeu reconhecimento internacional e no qual Desenvolveu estratégias inovadoras ao associar técnicas locais tradicionais e materiais modernos.

Cores e tijolos de terra crua marcam esta extensão para 120 alunos da escola primária de Gando, obra importante de Diébédo, concluída em 2008. (Divulgação/Erik Jan Ouwerkerk)


Essa linguagem também aparece no pavilhão temporário proposto para a edição 2017 da famosa mostra de arquitetura Serpentine, realizada de 23 de junho a 8 de outubro no Kensington Gardens. “Em Burquina Faso, me acostumei à dura realidade do clima e da paisagem. Por isso, foi interessante pensar como minha contribuição neste caso poderia não apenas melhorar a experiência dos visitantes da exposição com a natureza em volta mas também estimular a conexão entre as pessoas”, afirma Diébédo.

Loja temporária da marca Camper, erguida em 2015 no campus da Vitra, na Alemanha. (Divulgação/Eduardo Perez)


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